segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Fábula.


Ela tinha o coração do tamanho do mundo, não contava pra ninguém. Talvez não soubessem que ela se lembra sempre de todos os amores. De todos os tipo de amores da vida dela. Talvez não entendessem que ela nasceu e cresceu em silêncio. No silêncio de quem aprendeu vendo, observando. No silêncio de quem aprendia a coisa certa a dizer. Nunca de fato descobriu, mas percebeu bem o peso de cada palavra. Talvez nem sempre pela palavra dita por si mesma, mas talvez pela palavra escutada, a palavra que ás vezes fere, ás vezes ensina.
Estúpida menina. Menina perdida que se esquece de contar qual é o tamanho de seu coração. Mas deveria ser dito? Certamente deveria ser notável, mas ela ás vezes se esquecia de se permitir. Erros comuns e corriqueiros pelos quais todos acabam passando. Mas ela não era todos, talvez nunca tenha sido. Ou talvez fosse unida ao todo apenas por fatores naturais da vida, nascer, crescer e um dia morrer. 'Todos". É fato que a maior parte do que era natural aos outros não lhe sorriu. Tudo bem, isso não era problema, lhe era característica.
Sempre soube aproveitar seu tempo consigo mesma, produtiva. E sempre soube aproveitar seu tempo com os que querem bem. Bem com ela, bem com você. Talvez não entendessem sua maneira de se adaptar as coisas como deveriam ser. Talvez de vez enquanto lhe dava impulsos de rebeldia e rejeitava á adaptações.  Nunca se entende as mulheres e sua manias de jovens meninas.
Só lhe resta sorrir, porque inofensiva é o que você é. Clássica menina perdida. Clássica menina sonhadora.

Sandy Quintans

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

The Right Words.


A: Eu não digo as coisas que você quer ouvir.
B: Costuma dizer as que eu preciso quando não quero.
A: Ás vezes quando paro pra pensar, me sinto péssima.
B: Não precisa disso, está tudo bem.
A: Eu nunca te abraço quando você está mal.
B: Mas me abraça quando estou bem.
A: Não sei lidar com situações difíceis, como vou te apoiar quando precisar?
B: Eu irei te pedir pra estar lá.
A: E se eu não souber te apoiar?
B: Ninguém tem a formula.
A: Então eu não saberei o que fazer.
B: Quando realmente for a hora, você vai saber
A: Como você pode saber ?
B: Porque vai dar tudo certo, sempre deu, sempre vai dar.
A: Isso não quer dizer que eu não queira fazer do jeito certo.
B: Então é só fazer.

Sandy Quintans

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

When you're strange


Sempre achei que não me encaixava muito ao mundo. 'Será que eu sou uma peça sobrando?' . Preferi pensar que estava faltando. Acabei me convencendo. Me convenci tanto que não me sinto desencaixada, apenas passei a estranhar outros. Milhares de peças desencaixadas deste mundo. Mundo Auto Destrutivo.Não é estranho como eles são? Pior mesmo é quando ouço as coisas mais estranhas com ao tom de coisas completamente normais. Não faz parte de mim. Não faz parte do que eu acredito. Não faz parte de ser normal.
Eu escuto, eu converso, não se encaixa. Ainda bem que tenho conforto, fiz questão de juntar a quem me aceitou, mas ainda não entendeu. Ainda não entenderam. Não sinto vontade de outras pessoas, olhem só pra eles,  não se entendem, não se aceitam, não se cuidam. Pra quê se unir? Talvez o que de fato me incomode não é o fato de acha-los estranhos e ser bem felizes sem eles, porque sou feliz com os semelhantes. O que de fato me incomoda é talvez acreditarem que não estou bem assim. Que preciso mudar. Que preciso interagir. Mas se sou saudável, feliz e normal sou estranha.
Antes uma estranha feliz, do que normais estranhos.

"People are strange, when you're a stranger"
 The Doors em People Are Strange

Sandy Quintans

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Feliz comigo e com você.


A: Eu não preciso de você.
B: Quer que eu vá embora?
A: Não.
B: Pra quê isso então?
A: Eu só posso ficar com você se eu precisar?
B: Não. Eu só pensei que..
A: Pensou o que todo mundo pensa.
B: Pensa o que?
A: Que relacionamento se baseia em dependência.
B: Hm.
A: Eu não preciso de um homem pra me fazer feliz, porque eu já era feliz sem um.
B: O que estou fazendo aqui então?
A: Completando a minha felicidade, me deixando mais feliz.
B: Como eu faço isso?
A: Só a sua presença já me faz mais feliz.

Sandy Quintans