segunda-feira, 8 de abril de 2013

Novos tempos.

Acordei cedo. Fiz tudo como de costume, mas sabia que apesar de ser só mais um dia, seria único. Aqueles passos que fiz nos últimos sete meses, seriam os últimos a serem dados desta maneira. Borboletas voavam intensamente em meu estômago. E tudo o que eu queria, era uma solução. Cansei de deitar a noite e pensar que queria acordar em outras condições. Eu queria mais. 
As três conduções. A música no ônibus. O pasto do caminho. Era só mais um dia de trabalho, exceto que era o último desta aventura. Independente dos motivos, eu havia tomada uma decisão. E precisava dizer isso, a pior parte. 
Eu não sei o que aconteceu. Se nasci assim, ou se foi um defeito de percurso. Mas eu sou péssima em me comunicar verbalmente. É triste. Principalmente se você decidiu seguir a carreira na área de comunicação, isto é, jornalismo. Mas as palavras travam em minha mente e não conseguem mais sair de lá. Como cadeia. Como amnésia. Como coisas que não devemos falar. Mas saiu, não como esperado. Mas saiu com um susto. E como de costume, as lágrimas. Ainda que controladamente. 
O final foi um alívio. E uma pulga, bem atrás da orelha. E inevitavelmente olhei pra dentro de mim e me perguntei o que havia de errado comigo. Não descobri. Mas conclui.

Sandy Quintans

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